A crescente adoção da energia solar que é impulsionada pela busca por economia e por fontes mais sustentáveis de eletricidade, também traz à tona uma nova preocupação: a vulnerabilidade desses sistemas a ciberataques. Com o aumento do número de residências e estabelecimentos utilizando painéis solares e outros dispositivos conectados, surge a necessidade de proteger esses equipamentos contra possíveis ameaças virtuais.
Um levantamento realizado pela empresa de segurança digital Secura revelou falhas significativas nos sistemas de energia solar nos Países Baixos, onde o uso dessa tecnologia é amplamente difundido. O estudo destacou que o setor possui uma “área substancial de ataque”, indicando várias brechas que podem ser exploradas por invasores.
A preocupação com invasões cibernéticas cresce entre os fabricantes de sistemas fotovoltaicos e operadores de redes de energia, especialmente porque esses dispositivos, muitas vezes, não recebem o mesmo nível de proteção que outros equipamentos conectados de uma casa. No entanto, muitos sistemas de energia solar estão integrados a redes Wi-Fi domésticas, o que os torna potenciais portas de entrada para ciberataques que podem causar problemas graves aos usuários.
O portal ZME Science destaca que os inversores de energia são especialmente vulneráveis. Esses dispositivos têm a função de converter a energia de corrente contínua gerada pelos painéis solares em corrente alternada, utilizada nas redes elétricas convencionais. Como eles controlam a distribuição e o fornecimento de energia, invasores poderiam manipular o sistema, até mesmo causando um “apagão” em locais que dependem dessa fonte de eletricidade.
Em resumo, com o avanço da energia solar, é essencial aumentar a segurança cibernética desses sistemas, especialmente porque falhas podem resultar em interrupções significativas no fornecimento de energia e colocar em risco a infraestrutura elétrica de muitos locais.